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quinta-feira, 8 de março de 2012

Weekly Spotlight #3: Xenogears

Não é uma das artes oficiais, mas é linda.
Um bom dia para todos os gamers! Voltei com minha coluna semanal, e nesta semana, vou tratar de um jogo lindo, artístico e, acima de tudo, importante: Xenogears.

Como pode ver pela imagem, Xenogears tem robôs gigantes, mas não imagine que é algo à la Gundam. Xenogears é basicamente, um Neon Genesis Evangelion com mais história. Sério.
Antes de dar detalhes técnicos sobre o jogo, tenho de falar o que é esta maravilha.

Xenogears foi um RPG lançado pela Square em 1998 para o Playstation, da Sony. Na época, o pessoal RPGista estava meio que de ressaca depois de Final Fantasy VII, e ainda estava esperando pelo promissor Final Fantasy VIII, então a Square meio que criou uma franquia nova, e uma ideia nova.

Para falar a verdade, o conceito de Xenogears seria usado em Final Fantasy VII antes, mas foi considerado muito dark e complicado para um jogo FF. Por isso, foi necessário criar um projeto novo. Algo que revolucionasse não as vendas, tampouco a jogabilidade, mas sim a forma de entender os jogos.

Em primeiro lugar, Xenogears é repleto de referências filosóficas a mentes como a de Nietzsche, Freud ou Carl Jung, e não é só isso: cada personagem(inclusive NPC), possui uma história própria, e seus próprios problemas pessoais e/ou psicológicos.

Agora que já expliquei uma pequena fração dessa grandiosidade, aí vai a ficha técnica.
Desenvolvimento: Squaresoft Product Development Division 3

Produtora:  Square(Japão); Square EA(EUA)
Diretor: Tetsuya Takahashi
Produtor: Hiromishi Tanaka
Plataforma: Sony Playstation

História:
O jogo trata de um futuro fictício/fantasioso no qual há uma espécie de guerra entre duas nações. Para esta guerra, cada exército conta com Gears, que são robôs gigantes excavados em alguns locais e que vieram de outra época, obviamente. Com o tempo e a tecnologia, cada nação começa a fabricar seus próprios Gears, e a guerra se intensifica ainda mais. Eis que numa vila distante deste calor bélico, somos apresentados a Fei Fong Wong, o protagonista, que é uma criança orfã que foi "abandonada" na vila mas consegue o respeito e admiração de todos. Logo no começo do jogo, a vila é destruída em meio a um ataque da guerra, e Fei acaba por conseguir um Gear que ele tenta utilizar para salvar a vila. Pena que dá errado e todo mundo que ele amava morre. Depois de ser banido e escurraçado pelos poucos sobreviventes, Fei sai, depressivo, em busca de uma resposta, e um jeito de impedir a guerra, basicamente.

É muito interessante a forma como é tratada a dúvida dele: lutar pela paz ou viver em paz? - por um bom tempo acompanhamos o sentimento de frustração dele, e conhecemos outras personagens com problemas tão intensos quanto este, mas essa é só a ponta do iceberg: o jogo é dividido em dois discos, e é longo. Na realidade, a história tem mais a ver com metafísica do que com robôs lutando, mas demora um tempo para notar.

Enfim, a história é perfeita, apesar de ser bem complicada(parece que o jogo faz questão de não explicar coisas importantes, fazendo com que jogadores menos atentos fiquem boiando), e vale a pena.

Jogabilidade:
O jogo é meio lerdo, realmente. O menu é incrivelmente desorganizado e demora pra se acostumar, e o sistema de câmera é péssimo para alguns momentos nos quais é importante pular, mas todo o resto é incrivelmente bem-feito!
O sistema de batalha, por exemplo, é uma espécie de ATB, misturado com um sistema de combos à la Legend of Legaia. É assim: você tem três opções de ataque(rápido, normal e lento), e usa comandos para criar ordens ou combos que mais se ajustem a seu estilo. Veja o exemplo numa batalha a seguir:
É possível alternar tanto nas batalhas quanto no mapa entre personagens e Gears, e cada um tem suas peculiaridades:

  • Personagens humanas são facilmente controladas, versáteis e muito úteis em situações mais simples;
  • Gears consomem combustível, são muito poderosos e é preciso ter uma certa estratégia para utilizá-los corretamente.
Enfim, a jogabilidade é boa.

Parte técnica: 
Os gráficos são tridimensionais às vezes, e os sprites são meio borrados, mas a artwork é linda, e tudo tem seu charme. Já a música é uma obra-prima de Yasunori Mitsuda. Ouça isso:
Há várias outras músicas incríveis, que são até melhores que esta, mas não posso citar todas.

Conclusão:
Vale muito a pena jogar, tanto para quem curte boas histórias, quanto para quem quer tentar algo novo no mundo dos games. É importante dizer que o jogo inspirou a série Xenosaga, de PS2, igualmente bela e divertida, mas isso é outra coisa.

Vejo vocês semana que vem, e bons jogos!

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